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Ainda vale a pena fazer a cidadania via judicial?

Alpha Cidadania

A busca pela cidadania europeia tem se tornado cada vez mais comum entre brasileiros que desejam ampliar suas possibilidades de vida e trabalho no exterior. Entre as diversas maneiras de obter o reconhecimento, a cidadania via judicial surge como uma alternativa interessante, especialmente em casos de processos mais complexos ou que enfrentam impasses na via administrativa. Mas afinal, ainda vale a pena recorrer a essa modalidade? Neste artigo, exploraremos os prós e contras dessa opção, os custos envolvidos, o tempo necessário e outras informações relevantes para ajudar você a tomar uma decisão informada.


Uma cidadã portuguesa com passaporte na mão

O que é cidadania via judicial?

A cidadania via judicial é um processo que ocorre por meio dos tribunais de países estrangeiros, como Portugal ou Itália, com o objetivo de reconhecer o direito à cidadania de um requerente. Geralmente, essa opção é escolhida quando o processo administrativo é negado ou quando há entraves burocráticos que tornam inviável a conclusão do pedido de forma tradicional.


Por exemplo, em processos de cidadania italiana, pode ser necessário recorrer à via judicial quando o requerente enfrenta longas filas nos consulados ou precisa contestar a aplicação de regras específicas, como a interpretação de limites geracionais ou questões relacionadas à transmissão por linhagem materna antes de 1948.


Essa modalidade não se limita à cidadania italiana. Outros países também possuem seus respectivos desafios e peculiaridades, como Portugal, Espanha e Alemanha. Em cada um desses casos, é essencial entender as bases legais que fundamentam o pedido judicial, garantindo que ele seja embasado de forma correta.


Quando a cidadania via judicial é indicada?

Optar pela cidadania via judicial é indicado em diversas situações. Abaixo, listamos alguns cenários comuns:


  1. Processos administrativos demorados: Algumas embaixadas e consulados enfrentam filas que podem ultrapassar uma década, especialmente no caso da cidadania italiana.

  2. Casos de negativa na via administrativa: Quando o requerimento é recusado por interpretações divergentes da legislação.

  3. Questões específicas como a regra de 1948: Na Itália, descendentes de mulheres que tiveram filhos antes de 1948 precisam recorrer ao tribunal para assegurar o reconhecimento.

  4. Falta de resposta ou excesso de burocracia: Situações em que o órgão responsável não oferece uma solução rápida ou eficaz.


Ademais, é importante mencionar que nem sempre a cidadania via judicial é o único caminho. Em muitos casos, é possível explorar soluções alternativas antes de recorrer ao tribunal. Consultar uma assessoria especializada pode ajudar a determinar qual é a melhor abordagem para cada situação.


Benefícios da cidadania via judicial

Recorrer à cidadania via judicial pode trazer diversos benefícios, especialmente em termos de agilidade e garantia de direitos. Abaixo, exploramos as principais vantagens:


  1. Possibilidade de acelerar o processo: Apesar de não ser instantâneo, o tempo de espera em processos judiciais pode ser significativamente menor do que em filas consulares.

  2. Maior segurança jurídica: O reconhecimento por meio de uma decisão judicial oferece uma base sólida para o requerente, já que é fundamentado por um juiz.

  3. Superação de entraves legais: Casos específicos que não podem ser resolvidos na esfera administrativa encontram solução definitiva no tribunal.

  4. Direito garantido por sentença: Uma vez reconhecida, a cidadania não pode ser questionada administrativamente, dando ao cidadão maior estabilidade.


Outro ponto relevante é que a cidadania via judicial pode beneficiar não apenas o requerente, mas também seus descendentes, que passam a ter o direito assegurado sem necessidade de processos adicionais.


Desvantagens da cidadania via judicial

Apesar dos benefícios, é importante considerar os desafios dessa modalidade. Aqui estão alguns pontos que merecem atenção:


  1. Custos elevados: O processo judicial pode ser mais caro devido à necessidade de contratar advogados especializados e arcar com taxas judiciais.

  2. Complexidade do processo: É necessário reunir uma série de documentos e atender aos requisitos específicos de cada país.

  3. Imprevisibilidade: Apesar de ter boas chances de sucesso, há sempre o risco de uma decisão desfavorável.

  4. Tempo e dedicação: Embora seja mais rápido que a via administrativa em alguns casos, ainda exige um período considerável de espera e envolvimento do requerente.


Portanto, antes de optar pela via judicial, é fundamental fazer uma análise detalhada dos custos e benefícios envolvidos. Essa avaliação pode ser determinante para evitar frustrações ao longo do processo.


Custos envolvidos na cidadania via judicial

Os custos da cidadania via judicial podem variar amplamente, dependendo do país e da complexidade do caso. De forma geral, é necessário considerar:


  • Honorários advocatícios: Em média, podem variar entre €2.000 e €10.000.

  • Taxas judiciais: Cada país tem suas próprias regras, mas esses custos geralmente estão entre €500 e €2.000.

  • Traduções e documentação: Certidões e outros documentos precisam ser traduzidos por profissionais juramentados e legalizados.

  • Deslocamentos: Em alguns casos, pode ser necessário viajar para o país em questão, o que adiciona custos de passagem, hospedagem e alimentação.


Além disso, há outros custos indiretos, como o tempo dedicado à reunião de documentos e o acompanhamento do processo.


Tempo de espera no processo judicial

Outro fator importante a ser considerado é o tempo de duração do processo. Em geral, a cidadania via judicial pode levar entre 1 e 3 anos, dependendo do país e da demanda nos tribunais. Embora esse prazo pareça longo, é frequentemente menor do que as filas administrativas.


Por exemplo, no caso da cidadania italiana, a fila para o reconhecimento administrativo em consulados pode ultrapassar 10 anos em algumas regiões do Brasil. Em contrapartida, o processo judicial muitas vezes é concluído em menos de 3 anos, o que o torna uma alternativa atrativa para quem tem urgência.


Exemplo prático: cidadania italiana via judicial

Um caso comum é o da cidadania italiana para descendentes de mulheres que tiveram filhos antes de 1948. Por conta de uma interpretação legal, essas pessoas não conseguem o reconhecimento pela via administrativa e precisam recorrer ao tribunal. Nesse contexto, é fundamental contratar um advogado na Itália e reunir todos os documentos que comprovem a linha de descendência.


Outro exemplo é o de requerentes que enfrentam longas filas nos consulados. Muitos optam pela via judicial para evitar a espera, especialmente quando possuem toda a documentação em ordem. Esses casos, conhecidos como "fila zero", são resolvidos diretamente no tribunal, com maior rapidez e eficácia.


Como se preparar para o processo judicial?

Para garantir o sucesso do processo de cidadania via judicial, é essencial seguir algumas etapas:


  1. Contrate uma assessoria especializada: Profissionais experientes podem ajudar a evitar erros e aumentar as chances de sucesso.

  2. Organize a documentação: Certifique-se de que todos os documentos estão corretos, traduzidos e legalizados.

  3. Entenda as especificidades do seu caso: Cada situação é única e pode exigir abordagens diferentes.

  4. Esteja preparado para o investimento: Tenha clareza sobre os custos e prazos envolvidos.


Conclusão

A cidadania via judicial continua sendo uma alternativa viável e, em muitos casos, a única solução para quem enfrenta barreiras no reconhecimento de sua cidadania. Apesar dos custos e da complexidade, ela oferece benefícios significativos, como agilidade e segurança jurídica. Além disso, é uma oportunidade de garantir um direito que pode impactar positivamente a vida de gerações futuras.


Se você está considerando essa opção, é essencial contar com uma assessoria especializada para orientar cada etapa do processo e garantir as melhores chances de sucesso. Ficou alguma dúvida? Contate-nos pelo WhatsApp.

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